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Prefeito e primeira-dama visitam o santuário “Cruz do Negro”

O espaço histórico e religioso está passando por uma reforma promovida pela gestão municipal, com o apoio direto da primeira-dama

Redação | sexta-feira, 17 outubro , 2025

O prefeito Dr. Pedro Otacílio (PSD) e a primeira-dama e secretária municipal de Saúde, Hortalina Bezerra, visitaram nesta quinta-feira (16) o santuário conhecido como “Cruz do Negro”, localizado na comunidade Porteira Velha, entre as localidades de Areia Branca e Serra Velha. O espaço histórico e religioso está passando por uma reforma promovida pela gestão municipal, com o apoio direto da primeira-dama.

Ao longo dos anos o local tem se tornado um espaço de visitação. De forte religiosidade, Hortalina Bezerra, tem incentivado o turismo religioso. Ela lembra que tradicionalmente é celebrada uma missa solene no dia 1º de novembro, às 16h.

“Convidamos a população de toda a região para rezar conosco aqui neste santuário no dia primeiro de novembro. Estamos reformando e melhorando o acesso para receber bem todos os visitantes”, afirmou Hortalina.

Resgate histórico e memória da escravidão

A “Cruz do Negro” guarda uma das histórias mais antigas da região. De acordo com relatos de moradores e pesquisadores locais, Francisco teria chegado à região por volta de 1790, como escravo do colono João Raimundo da Silva. Sua trajetória reflete os tempos difíceis da colonização, marcada por trabalho forçado, sofrimento e resistência.

Francisco contribuiu diretamente para o desenvolvimento das primeiras estruturas da região, ajudando na abertura de trilhas, construção de roças, casas e currais. Conforme relatos orais, ele tentou fugir diversas vezes, mas teria morrido, segundo algumas versões, em razão do sofrimento extremo e do desgosto com a vida que levava.

Francisco faleceu em 1808, 80 anos antes da abolição da escravidão no Brasil, decretada em 1888. Seu túmulo tornou-se um ponto de devoção popular, onde muitas pessoas relatam graças alcançadas.

A recuperação do santuário representa não apenas um ato de fé, mas também um resgate da memória histórica de Alagoinha do Piauí, valorizando a contribuição dos descendentes de africanos na formação da região e preservando a identidade cultural do município.